Por: Aline Oliveira
Sim, tinha certeza.
Na verdade, achou que tivesse. Vivia em meio ao caos e deixava aparente que
tudo estava bem - aprendeu com o tempo que nem sempre valeria a pena se mostrar
por completo. Aquele velho dilema de querer saber como lhe viam, e em contrapartida,
temer tudo isso. Os rótulos que ganhava; os gestos e detalhes que lhe
compunham, mas que não lhe resumiam.
Não há porquê de
resumos e definições quando se pode ser aprendizado, incessante e
insistentemente (não no sentido de forçar a barra, mas quase que por instinto).
E ponto. Diante dos olhos aquela insegurança básica por tanto a se fazer, ser
jovem mas não muito, não como antes. Ter menos espaço para errar, por cobranças
internas e externas, e por vezes, ser livre de si e dos outros. Leveza. Bagunça.
Por fora, tudo ok.
Não imaginariam as
fotos apagadas, as dores rabiscadas, os amores intensos, o encanto pela
liberdade. Os silêncios, os excessos, arrependimentos, a felicidade nos
momentos simples. Os porres, o riso fácil, suas faltas. Ficariam com a ideia de
que nada mudou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário