Por: Aline Oliveira
Há tanto que parte a cada saudade que fica. Das palavras que não vão
porque não as disse, fica toda uma carga de sentimentos guardados na melhor
parte do que foi e já não é. Às vezes, vivenciar o presente vai muito além do
hoje e do agora, fica aquele desejo de um futuro que não teve tempo de existir.
Se é destino, acaso, sorte, ou falta disso, não tão fácil mensurar.
Na briga desse tempo quase-futuro que precisa ser passado, há passos que
precisam ser dados mesmo em caminho desconhecido, e sem mapas para localização.
É fazer o caminho de volta depressa, sem correr o risco de querer recuar. Virar
páginas para descobrir o encanto do próximo capítulo. Ou desencantar-se
novamente, qual é a certeza que se tem?
Quem sabe, a de que é preciso somar experiências sem deixar o receio das
que foram negativas paralise a ideia de tentar. E menos ainda que as positivas
tragam certeza demais para correr riscos. Na verdade, não existem manuais ou
receitas, nem garantias. Vida é ida, é volta, reviravoltas.
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