sábado, 31 de outubro de 2015

Desalinhos



Por: Aline Oliveira



Há tanto que parte a cada saudade que fica. Das palavras que não vão porque não as disse, fica toda uma carga de sentimentos guardados na melhor parte do que foi e já não é. Às vezes, vivenciar o presente vai muito além do hoje e do agora, fica aquele desejo de um futuro que não teve tempo de existir. Se é destino, acaso, sorte, ou falta disso, não tão fácil mensurar.
Na briga desse tempo quase-futuro que precisa ser passado, há passos que precisam ser dados mesmo em caminho desconhecido, e sem mapas para localização. É fazer o caminho de volta depressa, sem correr o risco de querer recuar. Virar páginas para descobrir o encanto do próximo capítulo. Ou desencantar-se novamente, qual é a certeza que se tem?
Quem sabe, a de que é preciso somar experiências sem deixar o receio das que foram negativas paralise a ideia de tentar. E menos ainda que as positivas tragam certeza demais para correr riscos. Na verdade, não existem manuais ou receitas, nem garantias. Vida é ida, é volta, reviravoltas.

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