Em
silêncio, em gestos nem sempre notados, em cada ato que parte de mim, ali estou
eu... Com acertos, falhas e mais ainda com a consciência de cometê-las, me faço
presente. Não hesito em reafirmar em mim essas certezas que a vida me
apresenta, me permite conhecer.
A
cada dia, ou até mesmo a cada instante, sinto que me é acrescentado algo novo
que se soma ao que tenho de essência. Isso, essência. Que me distingue, me guia
e me torna eu. Não sei se isso muda, também sei que não sei muito, talvez por
isso o que muito quero é aprender de mim, e do mundo.
Mundo
este em que atuo, que busco e que por vezes me busca, vem ao meu encontro. Há
coisas na vida que nos são dadas, casualidade ou não, me vejo diante delas, me
encontro com o acaso e sou surpreendida por ele.
A
vida, embora singular, por vezes é plural, ainda que seja apenas uma. Complexo
não? É complicado e, ao mesmo tempo, simples. Dicotomia. A vida é dualidade em
que se busca ser único. A minha essência é a base a que se somam os diálogos,
experiências e percepções, principalmente. Assim vou me compondo. Parafraseando
Cortella, a cada dia sou a minha mais nova edição, revista e ampliada. Não sou
obra acabada. Sou parte da obra do Criador. Sou pequena, mas nasci para ser
grande, em princípios, caráter, valores, enfim, em convicções.
Retomando
a ideia de essência, essa é a minha, basicamente. O que há de fundamental.
Um
ser em formação, que sabe o que quer. Quero ser grande, quero a medida certa,
quero ser essencial.
Amábile Oliveira