Me vejo observadora. Por um momento me
abstenho de minha condição de personagem neste palco. Fico na plateia. Atenta,
não em sinal de alerta, mas como uma admiradora desta grande peça.
Finais felizes? Não, o desfecho agora é outro,
bem mais dinâmico. Início e fim não são tão previsíveis e programados como em
contos clássicos.
A fragilidade se faz visível aos mais
atentos.
Grandes romances não passavam de pequenos
contos, as personagens continuam, seguem carreira. Novos contextos, novas
histórias. Grandes mesmo são os sonhos, disto não há dúvida.
O motivo dos desfechos? Quem sabe a falta de
apego, atenção, sinceridade. Às vezes, lá no fundo, o que faltou foi verdade.
É preciso verdade consigo próprio, só assim
será possível construir relacionamentos duradouros. Nó falo só de romances, mas
de todas as formas de companheirismo, amizades e mais ainda nas relações
familiares.
Meu desejo de telespectadora? Simples. Não
espero por um gran finale, um clímax
seguido de “e foram felizes para sempre”. Não. A vida é bem mais que isso.
Desejo apenas que, entremeadas às nossas
tarefas e batalhas cotidianas, sintamos e permitamos que um bem precioso
coordene nossas atitudes. Tenhamos verdade, companheirismo, ética, adjetivos
mais que expressem caráteres de quem deseja o bem.
O nome desta força? AMOR. A si e aos demais.
É nas diversidades e no contato com o outro que temos a oportunidade de crescer
e se desenvolver.
AMOR. Força suprema, dom divino. Irmão da
paz. Grande estrela destas cenas reais.
Amábile Oliveira
Amábile Oliveira
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